Muher-Maravilha 1984 (review SEM SPOILERS!)
Felipe Cavalcante
17.12.20

O esperado filme 'Mulher-Maravilha 1984' finalmente chegou novamente dirigido por Patty Jenkins e estrelado por Gal Gadot, como Diana e Chris Pine como Steve Trevor está chegando pela plataforma digital HBO Max e pelos cinemas em outros países, conseguindo ser um filme otimista, bem mais leve e cheio de esperança.
Mulher-Maravilha 1984 começa um pouco lento, mas tem uma boa construção de personagens e especialmente com o estabelecimento do arco de Diana.
A interpretação de Gadot como Diana está no ponto como sempre, trazendo uma interpretação mais terna, empática e altruísta da heroína, vivendo na década de 80 em Washington D. C., e dividindo o seu tempo de trabalho no museu Smithsonian e salvando pessoas como uma heroína, mas apesar disso se sente solitária e nostálgica, ainda presa no passado e mesmo depois de muitos anos ainda sentindo a perda do seu primeiro grande amor, Steve Trevor.
Inclusive a relação e a química entre o inesperadamente ressuscitado Trevor e Diana carrega o filme, mas renovada com a troca de papéis onde dessa vez Diana está apresentando o mundo moderno para o peixe fora d'água que ele se torna, mas apresentando a beleza, a estranheza e os encantos da evolução da humanidade e ainda umas ótimas cenas de alívio cômico.
Além disso as cenas de ação dos dois juntos remete bastante aos anos 80, não numa galhofa, mas sendo bem dinâmicas e divertidas, exigindo uma suspensão de descrença do espectador, mas em troca evocando aquele sentimento de leveza do Superman do Christopher Reeves ou de outros filmes de aventura mais antigos.
O verdadeiro destaque do filme é o vilão Maxwell Lorde, uma escolha muito acertada com a estética dos anos 80, onde as luzes, visual colorido e exuberante da época contrasta com vislumbres de uma face consumista e individualismo nos EUA da época, e também não é à toa que o personagem tem algo de um Donald Trump sendo uma figura de televisão de índole mais duvidosa e planos sombrios por trás da fachada sorridente.
Por fim, com esses elementos mais leves, uma história mais descompromissada, honestidade e divertimento, esse longa consegue entregar um filme extremamente sincera e até mesmo necessária para hoje.
Mulher-Maravilha 1984 é o filme que estávamos precisando nesse ano, reconfortante, otimista e maravilhoso.
Créditos
Texto: Felipe Lima
Revisão: Felipe Lima