O segundo episódio de Loki chegou na Disney Plus divertido, interessante e cheio de momentos intrigantes, além de um gancho para o resto da temporada, assim como para o Deus da Trapaça (Tom Hiddleston) e a sua relação com o agente Mobius (Owen Wilson).
ATENÇÃO! Este review conterá SPOILERS da série 'Loki' da Disney Plus. Leia com atenção.

No começo do episódio, temos Loki aparentemente encontrando uma função na A.V.T., ou pelo menos, se acostumando com a ideia de se tornar um "agente honorário" contra uma versão de si mesmo que está causando problemas para a agência.
Sua primeira missão junto de Mobius e outros agentes é retornar para uma feira renascentista em Wisconsin, onde tivemos mais um ataque da outra variante Loki. E, é claro, como estávamos esperando, tivemos Loki tentando dar uma trapaceada básica nos agentes da A.V.T., afinal, é de Loki que estamos falando.
Apesar deste pequeno esquema, a partir daí, o roteiro do episódio consegue equilibrar bem a boa dinâmica entre Mobius e Loki, especialmente no aspecto humorístico que existe entre os diálogos conflitantes dos dois, e ao mesmo tempo dar um ocasional espaço para uma cena dramática.

A cena em que Loki descobre que Asgard acaba sendo destruída, junto de que todos que vivem ali, pode ser bem curta, mas ao menos revela um lado dele que surge por vezes — um lado que ainda se importa com o reino que ele já chamou de lar e as pessoas que ele conheceu.
O roteiro do episódio cria, a partir da relação de Loki e Mobius, uma relação amigável e ao mesmo tempo desconfortável para ambos, já que um deles pode estar sempre tentando trapacear o outro (e sabemos muito bem quem é esse, não?).
Mas, ao mesmo tempo é muito agradável de se assistir os dois personagens buscando novas pistas em seu trabalho detetivesco e burocrático na A.V.T e discutindo as suas filosofias em torno do livre arbítrio, de acreditar na sua existência e do caos existente dentro do universo.
O livre arbítrio também parece uma das discussões pertinentes na série com a cena de Mobius e a juíza Ravonna (Gugu Mbatha-Raw), assim como a existência dos Guardiões do Tempo.
Parece interessante que os agentes da A.V.T. estão a serviço destes Guardiões por muito tempo, mas sem nunca questioná-los ou mesmo vê-los, baseando os seus serviços e existência apenas em uma questão de crença.
Só podemos conjecturar em como esse sistema será abalado agora que a linha do tempo principal foi quebrada neste episódio e diversas ramificações temporais surgiram.
O multiverso está surgindo e as consequências devem vir logo.
Lady Loki?

Tivemos finalmente a aparição da Lady Loki, interpretada por Sophia di Martino, que, nas HQs, é um dos disfarces que Loki utiliza ao mudar a sua aparência.
Aqui, ela é uma das versões alternativas de Loki de algum outro ponto no tempo em que ele assumiu uma forma feminina.
No entanto, existe outra teoria já circulando nas redes: os espectadores da Espanha notaram que nos créditos a personagem foi chamada de Sylvie, o que poderia sugerir que, na verdade, ela é a personagem Encantor, uma feiticeira muito poderosa de Asgard (o que também iria explicar os cabelos loiros da personagem).
Seja como for, ainda teremos de aguardar um pouco mais para saber o que esperar da personagem. As suas cenas de luta foram muito bem coreografadas, apesar dela estar sempre encapuzada e a maioria de seus diálogos terem sido através de outros personagens manipulados por ela (fato engraçado, já que esse poder o nosso Loki não tem), mas a primeira impressão causada através da internet com toda certeza deve ser levada em conta.
Novamente, teremos de esperar pelo próximo episódio por mais.
Créditos
Texto: Felipe Lima
Revisão: Felipe Lima e Júlia Capuano